“Se eras tu a minha promessa de futuro brilhante, por que não ficaste? Por que não fizeste de mim a tua morada? Diga-me, como pode algo durar quando começa errado? Diga-me porque mal sei de mim. Quanto mais penso, mais absurda me parece essa ideia de auto-suficiência. Parece coisa de poeta, que prefere assistir a vida como um espetáculo do qual nunca participa. Coisa mais triste é esse vício de solidão. Às vezes penso que me destino a isso. Meus passos são largos e caminham para o fim – o nosso fim. Acho que não me encaixo, não caibo nesse espaço, não pertenço a esse lugar. Quanto à ti, pela primeira vez na vida achei que poderia dar certo. Mais uma vez, me provo enganada. Tu te fostes e só ficou a lembrança de mais alguém que partiu de mim. Não é meu papel cobrar-te o que não deves e quero mais é que tu sejas feliz. E que tua alma nunca se entregue a essa abstinência de vida. Porque eu sinto, meu bem. Eu sinto. E dói.”
— | Descuidada. E o meu tão esperado dia chegou. Não vou mais te cobrar, me cobrar, nos cobrar... Acabou. Que o tempo resolva o que até nossos neurônios unidos não conseguiram resolver. Só quero que você seja feliz. Só. E se pra isso eu tenho que te deixar partir, que seja. Já prometi 50 vezes que era a última vez que te escrevia, que te chamava, que te ligava, mas dessa vez, dessa vez, é verdade. Essas mal traçadas linhas são as últimas que escrevo sobre ti, prometo. Mas fique ciente, por favor, meu amor, não esqueça nunca, que sempre, para sempre, minhas páginas são tuas, todas tuas. Terá sempre folhas em branco a serem preenchidas por você. Quando quiser, a hora que quiser... Volte-me. |
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